Trabalhos em Grupos e uso de TIC

27-11-2010 22:59

 

Em tempos de comunicações velozes e produção acelerada nas Ciências e Tecnologias, quase não há mais espaço para a produção individual de conhecimento. Pensando nas habilidades e competências para a educação do século XXI, a aprendizagem baseada nos quatro pilares da educação, o aprender a ser, aprender a conviver, o aprender a fazer e a conhecer, nos remete ao trabalho em grupo, a convivência pacífica e colaborativa na construção do conhecimento. O processo de socialização construído no convívio dos diferentes aporta com o exercício da atividade colaborativa e da tolerância com os diferentes, é o aprender a ser e a conviver. Assim, na aprendizagem social, o exercício da convivência e da tolerância com as individualidades, prepara o aluno para a interação em grupo e a produção de conhecimento no meio social. A construção dessa consciência deve ser patrocinada na escola, espaço de convivência e de trabalho colaborativo. Dessa forma quanto mais se exercita o trabalho em grupo, mais próximo das atividades sociais, em todos os setores da ação humana, o aprendiz se encontra.
 
Ademais, uma das grandes fontes geradoras de auto-eficácia é a aprendizagem vicária, aquela que o indivíduo assimila ao observar uma ação exitosa praticada por outra pessoa. Neste sentido, o trabalho em grupo congrega indivíduos com habilidades diferenciadas, e essas diferenças podem influenciar os indivíduos mutuamente. A observação e a convivência entre os indivíduos possibilitam o aproveitamento das ações eficazes, das boas contribuições diante dos problemas, dos bons argumentos, boas hipóteses e boas conclusões. Nestas dinâmicas o papel do professor se torna fundamental, pois ele será o observador externo dos grupos, e também o “arquiteto” para armar as equipes. Por conhecer sua turma, detém o “know all” para eleger adequadamente os componentes dos grupos, procurando ser inclusivo, mesclando os menos habilidosos com os mais habilidosos, produzindo uma simetria entre os grupos para não promover estigmas acerca da capacidade diferenciada das habilidades dos grupos. No que tange à utilização de atividades envolvendo TIC, o olhar do professor nesse sentido deve focar a mescla de alunos que tenham mais familiaridade com alunos que não tenham tantas. Assim, todos participam satisfatoriamente das atividades, sem nenhuma promoção de preconceitos.